Direção Geral - Espirito Santo

Apocalipse: A grande tribulação - Parte 2

Apocalipse: A grande tribulação - Parte 2

Apocalipse: A grande tribulação - Parte 2

Será o tempo de domínio cruel da besta que emerge do mar

 

Haverá um período de aflição incomparável e terrível juízo atingindo toda a Terra. Trata-se de um tempo muito especial, o tempo da angústia de Jacó, conforme registrou o profeta Jeremias: “Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela” (Jeremias 30.7).

Mais detalhes sobre a Grande Tribulação serão dados nos próximos capítulos. Entretanto, é importante guardar algumas palavras chaves sobre a última parte das setenta semanas de anos.

Será o tempo de domínio cruel da besta que emerge do mar: “Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia” (Apocalipse 13.1).

No princípio dos últimos três anos e meio, o anticristo romperá a aliança com os judeus, mostrando se no templo e exigindo veneração divina.

É justamente a respeito disto que o Senhor Jesus diz: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda)” (Mateus 24.15). A profecia de Daniel diz: “Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.” Daniel 9.26,27

O apóstolo Paulo também se referiu a esse tempo, na sua segunda carta aos cristãos de Tessalônica, dizendo: “o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2 Tessalonicenses 2.4).

A interferência ativa de Satanás, que manifesta grande cólera e dá a sua autoridade à besta, é outra característica catastrófica da Grande Tribulação, conforme diz o apóstolo João: “e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta...” (Apocalipse 13.4).

Nesta época, os demônios desenvolverão uma atividade nunca vista até então. Será o tempo dos terríveis juízos causados pelo derramamento das taças da cólera de Deus, conforme o décimo sexto capítulo do Apocalipse.

Assim, sabemos exatamente de qual situação vem a grande multidão (Apocalipse 7.9). Com isso chegamos à pergunta: Quem são as pessoas desta grande multidão?

São pessoas de todas as nações, tribos, povos e línguas. Pessoas que conhecíamos e que eram cristãs apenas de nome. Elas desprezaram a advertência do Senhor Jesus, quando disse: “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Mateus 24.44).

Muitos desses cristãos serão deixados para trás, porque não deram importância à proximidade do arrebatamento e não se prepararam, exatamente como no tempo de Noé. O próprio Senhor adverte: “Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.” Mateus 24.38,39

As pessoas, no tempo de Noé, só perceberam o que estava acontecendo quando já era tarde demais. Exatamente assim será o arrebatamento. Muitos que hoje não dão importância chegarão naqueles dias à fé viva no Senhor Jesus Cristo. Eles se arrependerão e se converterão em meio às lágrimas.

Mesmo convertidos, continuarão sofrendo, pois serão dias muito difíceis. Se está escrito “Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum” (Apocalipse 7.16), podemos então imaginar o que eles terão de passar antes de se juntarem à multidão inumerável.

Durante a Grande Tribulação haverá muita fome e sede na Terra, porque tudo estará destruído. Agora podemos entender melhor as palavras do Senhor Jesus: “Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado” (Mateus 24.19,20).

O problema é que a fome e a sede certamente irão sacrificar adultos e crianças. Além disso, eles terão que sofrer sob o extremo calor do sol, pois quando ocorre a visão no Céu, é prometido a eles que esta aflição também acabará para sempre: “...não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum” (Apocalipse 7.16).

Deus mesmo habitará sobre eles e será a sua proteção, razão pela qual se acham diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu santuário; e Aquele que Se assenta no trono estenderá sobre eles o Seu tabernáculo.

Concluímos que aqueles que ficarem para trás sofrerão os horrores da fome; da sede; do sol; do ardor da angústia e do desespero, que nunca e jamais podem ser comparados com as pequenas tribulações pelas quais o cristão passa hoje.

Perseguições, prisões, humilhações e todas as formas de provações por que temos passado aqui, antes do arrebatamento, não devem e nem podem ser levadas em consideração diante daquilo que os novos convertidos durante a Grande Tribulação irão passar! Dessa grande multidão (Apocalipse 7.9) fazem parte não só muitos cristãos “de fachada”, os quais se converteram posteriormente, mas sem dúvida alguma muitos milhões do chamado Terceiro Mundo, que ainda não conhecem a mensagem do Evangelho.

Este é o motivo pelo qual temos de espalhar a mensagem da salvação o mais rápido possível, por todo o mundo, especialmente para os que vivem em condições de miséria.

Muitas pessoas, que têm aceitado o Senhor Jesus, desanimam e voltam à vida anterior, por causa dos problemas do cotidiano. Mas com os apertos da Grande Tribulação, com certeza elas irão se lembrar da mensagem da salvação no Senhor Jesus e irão se voltar para Ele, de todo o coração.

(*) Trecho retirado do livro "Estudo do Apocalipse", do bispo Edir Macedo